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Medida por Medida
Quando a Renascença passava por seu período “amoral”, o Duque de uma cidade, onde
reinava o descontentamento, decide abandonar o cargo, deixando em seu lugar um substituto – Ângelo – com ordens expressas de aplicar um pacote de leis, entre elas: Todo aquele que for culpado de ato de fornicação perderá a cabeça!
Trata-se de uma comédia. Mas ao invés de retirar-se o Duque se disfarça de frade e continua a exercer influência sobre o destino dos cidadãos, preparando sua volta. Os mecanismos de manipulação por parte de quem desejava se eternizar no poder são os mesmos que presenciamos hoje. Por isto, nesta montagem, o Duque nos interessou, acima de tudo, e não Ângelo e sua desesperada fraqueza. Para este Duque, o Arlequins propunha ao espectador não a passividade do “certo ou errado”, mas a reflexão acerca da sua relação com a excessiva ajeitação que este Duque promove e que nos deixa a todos de mãos amarradas, embora sobreviventes.
Quando colocamos uma atriz no papel do Duque fazemos uma provocação: seria a contribuição feminina à ética do poder diferente da masculina num modo vertical de
governo?
À justamente, era Elisabetana não seria tão estranha esta ideia.







